Sábado, 17 de Abril de 2004
Caminhei errante
sobre calçadas
desnudas de gente.
Escutei sobre o silêncio
de meu pensamento,
este som que me aturdiu
de rompante.
Calara-se a noite
para me ouvir pensar
e abriram-se as vielas
para me ver passar.
Continuei vagueando
em histórias
perdidas no tempo,
como se o vazio
do espaço quisesse encontrar.
Errante escutava
esta calçada
pejada de rumores
para sempre calados,
de saberes e de graças boas
ou mal aventuradas ,
das gentes que outrora
a caminharam.
Calara-se a noite
para me ouvir pensar e
abriram-se as vielas
para me ver passar.
Errante segui meus passos na noite,
sobre esta calçada viva.
Sobre estas pedras
que eram a minha própria vida.
autor: Jorge Assunção
Postado inicialmente em Shrine of Hypnos
Estás na maior Jorge. Essa veia artística está "âboar". Já agora, obrigado por teres rectificado o link.
Abraço de Torremolinos. Bom fim de semana e sorte para todos.
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