Segunda-feira, 29 de Agosto de 2005
Motim perfeito
da palavra dita
...não cantada
soletrada sem jeito
Escrita a dita...
assim a ermo
sem razão aparente
lisa como fita
Pendurada em cordel
...virada de frente
motim perfeito
guardado em papel !
Jorge Assunção
2005 / 08 / 23
Nota - Inspirado em:
Motim - by Andréa Motta
Quinta-feira, 25 de Agosto de 2005
Quem teria dito...
que poesia é isto?
Palavras livres,
extraviadas,
inpujantes
Arrancadas...
do léxionário
Quem teria dito...
que poesia é isto?
Letras de ourives,
envaziadas,
incrustantes
Despachadas...
d'um legionário
Quem teria dito...
que poesia é isto?
Jorge Assunção
2005 / 08 / 24
In D'Alfange
Domingo, 21 de Agosto de 2005
Digo-te deste mar
Meu Amor
Que te estendo como leito
Digo-te desta areia
Meu Amor
Que te ofereço de cabeceira
Digo-te deste céu azul
Meu Amor
Que te ofereço de manto
Digo-te deste Sol
Meu Amor
Que é teu candeeiro
Digo-te...
Meu Amor
Porque te Amo tanto
Jorge Assunção
2005 / 08 / 20
Sábado, 20 de Agosto de 2005
Não é romantico
Quem não ama um pôr de Sol
Quem não sente a imensidão
Do laranja / dourado flamejante
Não é romantico
Quem não sente seu insinuar
Quem não ama o seu luar
Emergente calmo no oposto distante
Não é romantico
Não pode ser...
Jorge Assunção
2005 / 08 / 20
Terça-feira, 16 de Agosto de 2005
Observo-a...
atento em suas mãos
num movimento deslizante
Saboreando...
o frescor do vento
tateando levemente
Compondo o véu...
ondulante sobre o torso,
escondendo a suave nudez
Acompanhando as formas...
chocando aqui e ali
num bailado quase erótico.
Jorge Assunção
2005 / 08 / 11
In D'Alfange
Quinta-feira, 11 de Agosto de 2005
Sou poeta popular
dirão alguns,
Poeta sem rima
outros virão acenar.
Escrevo por escrever
sem métrica certinha,
O que tanto me faz!
Mesmo assim vou dizer
escrevo do que sou capaz!
Quadras, tercetos ou quintetos,
não me preocupo com tal.
Até podem ser sextetos,
desde que não escreva mal.
Canto deste jeito,
o que me vai na alma.
Ninguém é perfeito
levem isto com calma.
Popular eu sou
poeta sem rima...
Assim acabou,
em baixo...
como em cima!
Jorge Assunção
2005 / 08 / 12
Terça-feira, 9 de Agosto de 2005
Não tenho chavo
tão pouco vintém
Vou contar-te em segredo
não o divulgues a ninguém
Calço sandálias
de pobre pescador
Forradas de Dálias
para afastar o odor
Ninguém, apelido de pai
Zé , por defeito
Nome que não sai
de tão cravado no peito!
Posso não ser virtuoso,
tão pouco apagado
Mas quando me dá o gozo
não fico calado!
Jorge Assunção
2005 / 08 / 03
Terça-feira, 2 de Agosto de 2005
For here... I stand
nothing of new.
I am so tired
Without imagination
without ideas
They drain me
untied words
Ill try to catch them
and nothing... zero,
I do not obtain them.
They drain me...
between the fingers,
and Tong.
Zero...
Exactly
Nothing!
I want to spread
something more,
But I do not remember,
I was forgotten,
Extinguished...
The words,
glue them,
agglomerating,
Place them
of form commanded.
For I do not
get away here.
I feel confusion,
disillusion.
They drain me...
The words.
For here... I stand
Nothing of new!
Jorge Assunção
2005 / 08 / 02
Versão Inglesa
In DAlfange ( Aceito sugestões de alteração ;) )
Por aqui...
nada de novo.
estou cansado.
Sem imaginação
sem ideias.
Escorrem-me
palavras soltas
tento apanhá-las
e nada...zero,
não consigo.
Escorrem-me entre
os dedos,
entre a língua
e zero...
nada mesmo.
Quero dizer algo mais,
mas não me lembro,
fiquei esquecido,
apagado...
das palavras,
de as colar,
aglomerar,
colocar as mesmas
de forma ordenada.
Por aqui não me safo.
Sinto confusão,
desilusão.
Escorrem-me as palavras.
Por aqui...
nada de novo!
Jorge Assunção
2004 / 04 / 20
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