Sexta-feira, 30 de Setembro de 2005
Lágrimas... escorrem
Como água cai dos céus
São extase de emoções
Porque sonhamos
Porque rimos
Porque sofremos
Lágrimas... escorrem
Como salpicos do mar
Porque somos humanos!
Jorge Assunção
2005 / 09 / 20
In D'Alfange
Quinta-feira, 29 de Setembro de 2005
Coerência...
Palavra amarga ou doce
Com deferência
Estando... és!
Ausente... cais
Coerência... rés
Incoerência... ais
Coerência...
Atos... ditos
Ais... da Regência!
Jorge Assunção
2005 / 09 / 27
In D'Alfange
Quarta-feira, 21 de Setembro de 2005
Entornaram cantos ao chão
Palavras de mya vida
Enxotaram como a um cão
Pela vinha perdida
Souberam o fogo atyar
Moyros velhos de romaria
Vieram a queymar
Ao que ey tanto queria
Y mya pena quedou
Para não escrever
A quem tanto encantou
Vai mya pena morrer
Ficou ferida mya Alma
Mais mya pena caída
Mais valia Cruz de Palma
Sobre mya jazida
Jorge Assunção
2005 / 09 / 11
Inspirado nos : Lusíadas
de - Luís Vaz de Camões
Domingo, 18 de Setembro de 2005
Três quintos dos infernos
Fostes vós que me desteis
Outros dois...
Sulquei-os com minhas mãos
Deixasteis minha alma no forno
Como se assa um perú
Recheado de ervas daninhas
Mas haveis de comer-me crú
E azedos ficareis...
Como fel envelhecido
Pois em minha tenra carne
Só achareis delírio
Mas não sereis vós demónios
Nem lobos de Alcateia
Que comerão minhas palavras
Nem bebereis do meu saber
Outros virão...
Sedentos de razão
Famintos de conhecimento
Fazendo-me em festa... ovação!
Jorge Assunção
2005 /09 / 17
In D'Alfange
Domingo, 11 de Setembro de 2005
Lápis azul
Azul muito forte
Poder do edil
Que traz a morte
Cor tinta que rastreia
Queima e desgasta
Apaga e não regateia
Clara e sã letra vasta
Lápis azul
Com vestes de cordeiro
Poder do edil
Que se faz companheiro
Lápis azul
Azul muito forte
Cor anil
Que traz a morte!
Jorge Assunção
2005 / 09 / 11
Quarta-feira, 7 de Setembro de 2005
Reduz-me a inércia
de acalentar estagnado
cada suspiro teu...prolépsia
de um orgasmo antecipado
Prolação adivinhada
em farrapos...estrigado
em Ais d'avizinhada...
ejaculação do coito adulado
Enquanto me espesseia
o caule intrometido
vagueante em ameia...
do valeiro prometido
haaaaaaa!! Fin...dei !
Jorge Assunção
2005 / 09 / 07
In D'Alfange
Terça-feira, 6 de Setembro de 2005
Não sei dizê-lo...
sem milagres.
Revejo-me assim,
em cada gesto teu,
cada palavra ou sorriso...
Na esperança vã...
de que um dia me encontres !
Doce sentença...
que me envolve.
Esta, a de te amar
... loucamente !
Aguardo em ti
... meu carrasco,
a dor...
de deixar semente !
Não sei dizê-lo...
sem milagres.
Amo-te,
... perdidamente !
Jorge Assunção
2005 / 09 / 05
In D' Alfange
Domingo, 4 de Setembro de 2005
Em cada tua saliência
corre oculta vida linfática
Certa demais para ciência
mais ainda que matemática
Em cada curva do teu corpo
mais rigoroso que sapiência
Certo agora é meu escopo
essa tua doce florescência
Com ciência oculta ou não
sorvo teu prazer queimante
Chego directo ao coração
lanço este fogo de amante
Jorge Assunção
2005 / 08 / 30