Segunda-feira, 30 de Maio de 2005

Divulgação : Ciranda de Poesia - Menino de Rua

Vem aí o Dia Mundial da Criança - 1 de Junho

Em prol da ternura e do amor sem reservas

que a este delicado ser devemos dedicar ... AlmaPoesia coloca

no ar esta Ciranda que espera se alargue a todos quantos

são sensíveis ao tema.

OBRIGADA

Nita Ferreira



Menino de rua
Nita Ferreira

Menino de rua sem roupa nem pão
De corpo magrinho e olhar tristonho
Num documentário de televisão
Vi-te e guardei-te dentro do meu sonho

Convido-te, vem ... que o meu quarto é o mundo
Vê bem como eu vivo, sou rei dos brinquedos
Partilho contigo teu nada e meu tudo
Que assim vivo triste e me encho de medos

Na desigualdade do tudo e do nada
Tu e eu crianças nesta caminhada
Sonhamos um mundo feito de mãos dadas
Sonhamos sorrisos em olhares de esperança
Sonhamos magia envolta em mudança
Numa bela história de duendes e fadas.

Nita Ferreira
18/05/05

Menino de rua
Marta Lima

Menino de rua teu olhar tristonho
Pareces não sentir o frio que corta
No teu rostinho esperança já morta
És quem desta vida perdeu o sonho

Tuas vestes sujas cor de carvão
Os ténis rotos e olhar indiferente
És só mais um entre tanta gente
Negro é o sentir do teu coração

Ignóbil mundo este que criamos
Nem berço de palha te ofertamos
Menino tão só, que sina a tua!

Ai quem me dera poder apagar
Essa dor que te não deixa chorar
Que o sol te aqueça, menino de rua...

Marta Lima
17/4/2005

Menino da rua
HerLANDER LOBÃO

Menino da rua
Recolhe a bondade
Num pedaço de pão
Pela caridade
De um estender de mão
Menino da rua
Fuligem no rosto
Marcas do desgosto
Da sorte que é sua
Menino da rua
Um sonho no olhar
Com reste-a de esperança
De que esse mar
Que feito chorar
Só seja lembrança
Menino da rua
Que culpa garoto
Recolhes sem ter
Menino da rua
Que te vestes de roto
Carregas no rosto
A culpa sem ter
Menino da rua
Que pedes esmola
Mas ninguém consola
O teu triste nascer
Menino da rua
Com ar desgrenhado
A verdade crua
De um País sem fado.

HerLÂNDER LOBÃO
2005-05-21

Menino da rua
Lina Pina

Criança da rua mora
Na terra de ninguém
Na noite perdida chora
Esperando amor d'alguém

Sente-se só e presa
Nas malhas da solidão
Tem fome e a tristeza
Invade seu coração

Sua alma quase nua
Já perdeu a esperança
Viver uma vida tão crua
Desfez sonhos de criança

Sofre pesares e lamentos
Roubaram sua inocência
Despiram seus sentimentos
Seus sorrisos de infância.

Menino de rua abandonado
Como um cão vagabundo
Doente, sujo, perdido, rasgado
Amachucaram seu mundo.

Olhos belos de candura
Já perderam todo o brilho
Resta a dor e a tortura
De ninguém lhe chamar filho.

Dorme nas asas do vento
Acorda com a madrugada
Alimenta-se de sofrimento
Foge p'ra não ser apanhada.

Menino triste da rua
Vive a vida sem emoção
Conta seus sonhos à lua
Pede casa, amor e pão.

Queria inventar para ti
Um mundo de igualdade
Onde toda a criança sorri
E sonha de felicidade.

Lina Pina
2005-05-23

Crianças ao vento amargo
Francisco Marques

Crianças
ao vento amargo
submetidas
na pobreza
afastadas de tudo
Crianças
ao vento
esse vento do abandono
da fome de esperança
Crianças
da rua
afastadas
apenas com o vento
amargo da solidão

Francisco Marques
2005-05-23

A SEM PROSTÍBULO
António Henrique

A sem prostíbulo que anda na minha rua
Tem sua clientela na burguesia
Que paga, não sei quantos euros
No desejo disfarçado de a ver nua.
Os homens da minha freguesia
Saiem de noite, iluminados de lua.

No mundo submerso da hipócrisia
Os homens buscam num corpo,
Do corpo, um prazer e fantasia

E a palavra circunstancia
Que ao dizer nada diz :
Olá como vais ? tens ainda um ar de criança...
E ela diz, ela fala da sua triste infancia.
Vinte e cinco euros e no carro...
O resto não tem importância...

E ela veste-se do poema, e do lixo da burguesia
De todos os homens do mundo
E dos homens da minha freguesia
Que são os fregueses assiduos
Da criança sem infancia
A quem escrevo a minha poesia !

António Henrique

" ás crinças da rua "
Fátima Rodrigues

SOLIDÃO

caminho por ruas desertas, procuro luz
.....vislumbro-a... ao longe
percorro esperançosa...
aquele caminho que a ela me conduz

portas se abrem ...
esperança de um momento...sorriso triste...

Oh intenso tormento...foi-me negada entrada!...
sinto-se desprezada!...encurralada!..

sociedade hipócrita...
gente ...de olhos cegos de verdade
não vêm a autenticidade
de quem apenas lhes pede
um pouco de caridade!..

ninguém a mão me estendeu..
nem notam... arrefeceu!..
quero apenas descansar...sonhar...
meu coração aquietou...
pobre criança agora sou!...

Fátima Rodrigues


Menino de rua
Ana Isa Santos

Menino de rua
Não sabe p´ronde ir
O amor passa longe
Não sabe sorrir
Brinquedo de pano
De roupa rasgada
De tanto espera
A esperança é largada

Ana Isa Santos
2005/05/28

MENINO DA RUA
Lejoracos

Mãos frias de vento
Sózinho
Sem um carinho
Sem um lamento
Com alma branca e nua
Menino da Rua

Espelho sem vida
sem dor
Coração profundo
sem amor
Pelo mundo...

Vou comprar-te um sorriso...
no firmamento
Voar num carinho...
do pensamento

Cobrir-te com um raio de sol
um manto de lua
Para que sejas feliz

Lejoracos

Criança
Lina Pina

Criança
É poema de ternura
É caixinha de surpresas
É o amor que perdura
É semente de beleza

Criança
É estrela sempre presente
É um rosto bem risonho
É alegria na vida da gente
É viver um belo sonho

Criança
É a mais bela melodia
É uma história encantada
É o sol de cada dia
É uma flor perfumada

Criança
É um jardim de pureza
É sorriso de bondade
É a luz da natureza
É amor felicidade

Criança
É o olhar meigo de candura
É um coração bondoso
Pedaço de céu de formosura
Um raio de luar luminoso

Criança
É a essência da vida
É um coração sonhador
É a rosa preferida
Do mundo do amor

Criança
É a canção de bem-querer
É um mar d'ingenuidade
É o gosto por aprender
É amor eternidade

Criança
É uma dádiva divina
É a luz da esperança
Com menino ou menina
O sonho pula e avança.

Criança
É um palco de talento
É traquinice e aventura
O desabrochar do sentimento
O pulsar da vida futura.

Criança
É a primavera a sorrir
É a cor da emoção
É a força do sentir
É a magia do coração.
A beleza das pessoas está na capacidade de amar.
De mãos dadas e coração
aberto, façamos a criança mais feliz...

Lina Pina
Solina

Menino da rua
Doçura1511

Menino da rua
De pés descalços
E sorriso triste
Por não ter pão
Menino da rua
Aos sobressaltos
Dos maus fugiste
Por dizeres não
Menino da rua
Já tanto passou
Sem pai e sem mãe
Que o amasse
Menino da rua
Que tanto chorou
Sem ter ninguém
Que o acarinhasse
Menino da rua
Sorri por viver
Pois eu estou aqui
E estendo-te a mão
Menino da rua
Pára de sofrer
Já me tens aqui
Vais ser meu irmão
Menino da rua
Meu menino ri
Já não estás sozinho
Quero amar-te
Mimar-te
Guardar-te juntinho
Ao meu coração

Doçura1511

MENINO DE RUA
SÁ DE FREITAS

MENINO DE RUA QUE VAGA SEM RUMO,
SEM PÃO, SEM SAPATOS, SEM SONHO, SEM TETO,
A TRAZER NO OLHAR, DA MISÉRIA, O RESUMO...
CARENTE DE AMOR, DE AGASALHO E DE AFETO.

NÃO SENTE O CALOR DE UM ABRAÇO FRATERNO,
TAMPOUCO O SORRISO DE UM PAI CARINHOSO...
TALVEZ NEM SE LEMBRE DO ROSTO MATERNO,
QUE UM DIA O DEIXOU NUM CAMINHO TORTUOSO.

ESCUTA MENINO, NÃO PERCA A ESPERANÇA,
QUE DEUS, LÁ DO CÉU, AMA TANTO A CRIANÇA,
QUE VAI LHE AJUDAR, DISSO TENHO CERTEZA.

NÃO TENHA RECEIO AO CRUZAR-SE COMIGO,
QUE VOU REPRATIR O MEU TETO CONSIGO
E OFERTAR-LHE DE TUDO QUE TENHO NA MESA.

SÁ DE FREITAS

Menino descalço...

Jorge Assunção


Ah! Terra Mãe
que me viste nascer...
menino de rua
roto e descalço

Recebeste em teu colo
poetas, trovadores
e escritores...
recebeste a mim!

Aleitaste...
Visigodos e Mouros
albergaste Romanos
e outros quantos povos...
me nutriste!

Baloiçaste...
militares e navegantes
cléricos, príncipes
e leitores de Cervantes

Alimentaste
e deste de beber
a tanta gente...
dançaste o fandango
de trás para a frente

Ah! Terra Mãe
que me criaste
Madrasta velha...
de nome: Santarém!

Jorge Assunção
2005 / 05 / 26


Venha Participar!

publicado por Jorge dAlfange às 12:02
link | favorito
De Betty a 31 de Maio de 2005 às 11:09
... porque as crianças são o melhor do mundo :) Beijokas


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